Captura de Kiung

Estava no Cyber Café vendo algumas batalhas, comendo uma porção tripla de batatas fritas - com queijo - e, tomando uma dose extra power de milkshake de chocolate com creme e granulado por cima; até que resolvo ir para Perin buscar novos scan's para a minha build. Empurro a bandeja com os restos do meu lanche para o centro da mesa, passo a mão no meu scanner, levo a mão para trás da cabeça e dou uma aberta profunda - que quase fez meu cérebro saltar - na minha bandana e vou até a área de teleportes. Seleciono no meu Scanner o Tanque de Lava (Lava Pond). Acontece um clarão e no instante seguinte estava me materializando no local desejado.

Joguei a alça da mochila que segurava em mãos para trás e equilibrei-a num ombro só - carregava nela algumas frutas, uma corda e um facão -. Abri meus olhos e comecei a procura por Scans. ...

Saracoteava em busca de scans, respirando com certa dificuldade. Já estava com a bandana sobre a boca para não morrer asfixiado. ...

Estava caminhando com certa dificuldade, cambaleava para um lado e para o outro... minhas mãos estavam suadas e escorregadias, fazendo minha bandana quase cair duas ou três vezes. Do nada, ouvi uma explosão, que não identifiquei de onde veio, quando vi, um jorro de lava vinha na minha direção. O que fazer? pensei. E, quase sem sentir, dei um rodopio para o lado e lancei meu corpo contra uma pedra tentando me proteger. ...

... Aos poucos meus olhos foram se abrindo, estava vendo tudo embaçado e não sentia uma estabilidade, parecia que o mundo esta girando... Tentei dar alguns passos, mas logo fui ao chão, e ao tentar me reerguer, não senti a presença da minha bandana, entrando em pânico. ...

Estava estirado no chão, tentando sugar o máximo de ar que conseguia para bombear meu organismo. Logo que avistei um vulto na minha frente, depois de um rochedos, bem longe de onde eu me encontrava, entrei em desespero. Sem pestanejar, comecei a procurar um lugar estratégico, aonde eu pudesse me abrigar e estar um passo a frente do meu, provável, adversário - ou scan -... mas, sem me expôr muito.

Estava com todos os meus sentidos estáveis e sobe meu controle. Visto isto, espiei por cima de uma das rochas, com o máximo de cuidado possível, e busquei localizar do que eu estava me escondendo e, ao mesmo tempo, tentei visualizar aonde eu deixara minha bandana.

Com muita dificuldade, apoiando-me nas rochas que outrora me escondera, me levantei para seguir minha jornada, mas o calor no Lava Pond é tão insuportável, o ar é tão rarefeito, e o relevo é tão irregular, que quase fui ao chão mais uma vez. Já de pé, voltei a saracotear entorno do local, me apoiando nas rochas e nas paredes rochosas que despiam-se de lavas, claro, com muita cautela e atenção. Tentava ao máximo ocultar minha presença, mas o calor estava cada vez mais sufocante e insuportável e, além de eu estar suando como um porco, estava começando a sentir a ausência de ar, ofegando constantemente.

Enquanto percorria com muita dificuldade uma rota que delimitara outrora em minha mente, suava e ofegava sem parar. Mesmo com a maré de lava que se eleva e decai instantaneamente - e solta algumas rajadas de lava para cima -, mesmo com as dilapidações de algumas rochas, mesmo com o calor que é asfixiante, nenhuma destas reações me preocupa mais do que o silêncio do local... "Puf, Puf" era o barulho das bolas de fogo entrando em contato com as paredes rochosas. "Puf, Puf" mais bolas de fogo e, desta vez, uma delas chegou a quase atingir meu rosto. "Puf, Puf" a intensidade com que elas eram lançadas estava aumenta e, também, a proximidade que elas chegavam de relar em mim também. "Puf, Puf", "Puf, Puf", mais, mais e mais bolas de fogo. Com o intuito de me proteger, saltei para trás de uma muralha rochosa e tentei buscar abrigo, em vão, porque depois de uma sequência de golpes do além, a muralha virou só pó...

Enquanto corria em ziguezagues, para desviar das bolas de fogo que vinham contra mim, ouvi uma voz grave dizer. "Sai dai e me enfrente seu covarde!" "Puf, Puf", desviei de mais uma bola de fogo e então, sem pensar, deixei as palavras saírem da minha boca: - Senhor, senhor ... - Tentei pensar em um adjetivo para lhe dar, em vão. - Eu ... eu ... - As bolas estavam mais próximas de me fazer virar pó e.., num ato de pura impulsividade disse: - Chaor me mandou aqui, senhor. -